Esses dias na aula de ética da faculdade, teve uma discussão sobre anorexia. Assunto manjado né? A gente já sabe como é, já sabe que pessoas morrem, continua achando gente magrissima linda e acha que já é assunto batido. A diferença é que na apresentação de um dos grupos, uma das meninas contou o caso da prima dela, que está internada…mostrou fotos de verdade, não aquelas de estúdio, o orkut da menina, contou que nenhum hospital aceita anoréxicas pois “correm o risco de elas se jogarem da janela e se matarem” e não fazem idéia de como tratar. Quando você vê o caso assim – de pessoas da vida real -o assunto muda.

Mês passado eu precisava de uma modelo de prova, para as roupas de uma capa, e liguei para as agências procurando alguém com tamanho 40,42. Vamos combinar que na vida real, um tamanho 40/42 não é gorda né ?? Enfim, não existia. Liguei em TODAS as agencias, não tinha (ok, não liguei em nenhuma agencia de plus sizes, mas porra, 42 não é PLUS).

Ontem eu precisava produzir vestidos em assessorias, para uma pauta com pessoas “normais”. Pedi vestidos tamanho 40. E adivinhem? Não tinha. Não mandavam.

Acho que agora não é mais uma questão SÓ estética e de se precupar com os disturbios alimentares, porque afinal 90% das modelos que eu conheci trabalhando são magras de “ruindade” mesmo, na hora do almoço enchiam o prato! Mas será que esse tal “molde 38” não atrapalha o mercado também ? As grifes não perdem vendas por projetar suas roupas para modelos magérrimas e quando a perua que é tamanho 42 vai provar a roupa e fica terrivel não quer mais levar ?

Pra terminar o desabafo, Peaches Geldof na campanha da grife de lingeries Ultimo:

Viu só? Alguém diz que o corpo dela é feio? Pra mim é normal pra magra, e tenho certeza que é tamanho 40.